Sábado, 4 de Outubro de 2008

Estou preocupado com o actual rumo que o ensino em Portugal está a tomar. Primeiro porque sou Pai e depois porque sou Professor. As sucessivas alterações produzidas por despachos e decretos leis que tem chegado às escolas, têm descaracterizado a função da escola. A alteração do estatuto da carreira docente e do estatuto do aluno lançou uma profunda confusão no funcionamento das escolas. A ministra toma decisões apressadas só para poder dizer que pior que decidir é não fazer nada. Actualmente os Professores passam mais tempo na escola com tarefas burocráticas, do que a planificar e acompanhar devidamente os seus alunos. O número de alunos por turma, o numero de turmas atribuídas a cada professor e também disciplinas atribuídas a professores que nunca as leccionaram fazem dos professores meros tarefeiros, fazendo mais ocupação de alunos, do que ensinando alunos.

 

Contributo enviado por: Valdemar Gomes



publicado por GP/PSD às 16:58 | link do post | comentar

As profissões desqualificadas e mal pagas estão a crescer em Portugal e é cada vez menor o peso relativo dos empregos com maior qualificação e que merecem melhores retribuições. Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística revelam que o emprego está hoje mais desqualificado, quando se esperaria o contrário. Esta é a realidade em Portugal.

O investimento em educação - e é a educação juntamente com a formação que qualificam - deverá reunir três condições: primeiro, a oferta educativa deve ser de qualidade e percepcionada como tal; segundo, terá que promover um ganho de capital humano que se traduza em capital financeiro; por último, deve, caso se verifiquem as condições anteriores, permitir acesso a novos patamares de qualificação com qualidade e que se traduzam igualmente em retorno do investimento (ou que criem essa expectativa fundamentada).
É imperioso que as pessoas que procuram e atingem qualificação não alcancem apenas fogos-fátuos de crescimento no auto-conceito e na auto-estima, que se apagam seis meses depois da obtenção do diploma. Aquele diploma que daria a “nova oportunidade”. Há que fazer melhor pelas pessoas e pelo país.
José Manuel Canavarro
Pró-reitor da Universidade de Coimbra

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publicado por GP/PSD às 10:00 | link do post | comentar | ver comentários (1)

O nosso País pode definir-se por uma capacidade galacto-legislativa ímpar, capaz de convencer gente menos esclarecida e reclamante de lucidez. Quão arredios da perspicácia andam os membros do Governo a pensar que nisto não se hipoteca uma ou mais gerações. Mudam-se critérios de regulação do sistema, a contento de uma regra de imagem politizada por estatísticas para estrangeiro ver, sem perceber.

Um contributo enviado por: Hélder Ramos



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Sexta-feira, 3 de Outubro de 2008

Numa iniciativa que se saldou num enorme sucesso, o Grupo de Mulheres do PSD de Vila do Conde organizou, na passada semana, um «Fórum Educação».
Quem esteve presente ouviu coisas de estarrecer, algumas que bastaria o recurso ao senso comum para serem corrigidas. A contestação à política educacional governativa é tão vasta e uniforme  que, a crer na sua integridade de opiniões, não deve haver um único professor a votar no PS nas próximas legislativas. É a Lei da Avaliação, a da Autonomia das Escolas, são as medidas avulso que nada resolvem, pela simples razão que não há estratégia, mas apenas uma escolha casuística de acções.
Veja-se, por exemplo, o caso do computador Magalhães. Passando ao lado de que aquele produto já tem dois anos no mercado, não tenho o mínimo problema em aplaudir esta iniciativa. È fantástica a ideia de que cada aluno, na sala de aulas, possua um computador. Acontece que este equipamento, por si, não tem valor didático. Porque um computador é apenas uma ferramenta de trabalho, um auxiliar electrónico na acção educativa. Não é por existir um computador para cada aluno que os níveis de literacia e de sucesso escolar irão aumentar. 
 

 

Contributo enviado por: Pedro Brás Marques, Vereador na CM de Vila do Conde



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O destaque dado pelo chefe do Governo / Secretário Geral do PS, no tão glosado comício de Guimarães, à Ministra da Educação / militante Maria de Lurdes Rodrigues (MLR) não deixa de ser, a um tempo, curioso e paradoxal.
 
Curioso porque Sócrates não só não deixa cair a Ministra, apesar de zurzida por todos os sectores, da esquerda à direita, passando por docentes, discentes e opinião publicada, como ainda a destaca relativamente aos seus pares do conselho de ministros, incensando-a nos altares da Comunicação Social como uma espécie de Joana d' Arc dos tempos modernos, a paladina da “revolução educativa” em Portugal.
 
Paradoxal pois, ao mesmo tempo que nunca a Educação, em Portugal, atravessou tempos tão difíceis, também nunca a propaganda e o marketing investiram tanto num sector procurando, como diz o povo sabiamente, dourar a pílula. E a pílula que resulta do consulado de MLR, é muito difícil de engolir e, apenas os mais incautos, julgarão tratar-se de um medicamento vital e até agradável de degustar, capaz de, qual elixir fantástico, curar de tudo, de unha encravada à queda do cabelo e dando, inclusive, garantias reais de longevidade.
 
O Governo aposta, pois, no efeito placebo, na educação. O problema serão os efeitos secundários na enferma república que resultarão de tal terapêutica irresponsável.
 
Portugal, em virtude de razões estruturais que, por esse motivo, só são passíveis de alteração sistémica mas, forçosamente lenta, tem índices de escolaridade e de literacia que, nos benchmark internacionais, seja da OCDE, seja da UE a 15 ou 27, invariavelmente, o colocam em posição de destaque pela negativa.
 
A situação é devidamente conhecida há muitos anos e, os sucessivos Governos, vieram com maior ou menor sucesso (mas acima de tudo com sensibilidade e bom senso) a prosseguir políticas que permitiram que o país recuperasse muito do tempo perdido por uma aposta estratégica tardia na Educação.
 
 
Pedro Roque
Vice – Secretário-Geral SINDEP (Sindicato Nacional e Democrático dos Professores)
Vereador na Câmara Municipal de Almada

 


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publicado por GP/PSD às 10:15 | link do post | comentar | ver comentários (1)

É como simples cidadão, que se preocupa com a Educação em Portugal, que tomo a liberdade,  que é um direito de cidadania , de  lhes enviar o meu contributo para uma discussão aberta a toda a Sociedade Civil .
As conclusões de tal debate  deveriam ser apresentadas em lugar público, aberto a todos  os interessados nesta problemática.
Gostaria de igual modo, já que é um incentivo, que as várias posições em debate fossem sendo enviadas a todos aqueles que de algum modo se interessam pelo Ensino e pela Educação em Portugal, para os respectivos endereços electrónicos, para assim se poder acompanhar a evolução dos trabalhos sobre tal tema.
Como cidadão atento a  luta  pela eficácia do nosso Ensino considero, como a generalidade dos portugueses, que a sobrevivência de Portugal como nação irá neste mundo globalizado repousar cada vez mais , no nível cultural e profissional que possa ser alcançado pela nossa juventude .
 

Um contributo enviado por: Mário Ribeiro.



publicado por GP/PSD às 09:41 | link do post | comentar

Ao longo dos últimos três anos, a área da educação tem sido seguramente aquela que mais tem sofrido com as tropelias do Partido Socialista e dos seus dirigentes e governantes.
Com efeito, e ao invés do que (auto)proclamam o Senhor Primeiro-Ministro e a Senhora Ministra da Educação, aniquilou-se o que havia de bom e positivo na escola pública e deitaram-se abaixo práticas pedagógicas que - não sendo obviamente perfeitas e ideais - eram melhores, mais fiáveis e mais respeitadas e respeitáveis do que aquelas a que somos sujeitos e com as quais somos obrigados vivemos hoje em dia.
Com efeito, enquanto professor (que trabalha no Ensino Particular e Cooperativo, esclareça-se), preocupa-me tudo o que foi feito para degradar a educação no nosso país, mas preocupam-me sobretudo alguns aspectos relativos ao sistema de ensino.
 

 
Contributo enviado por: Carlos Pereira



publicado por GP/PSD às 08:00 | link do post | comentar

Quinta-feira, 2 de Outubro de 2008
Permito-me trazer à colação um dos ingentes problemas a que se dedicam os peritos das Ciências ditas da Educação: devemos ou não sujeitar crianças e adolescentes a essa tortura monstruosa que no século dezanove se aplicava nas escolas e que dava (e dá) pelo nome de EXAMES?
Mas claro que não, diz a maioria daqueles preclaros especialistas. Exames para avaliar o que os alunos aprenderam? Mas isso que importa? Vamos submetê-los a umas horas de um enorme stress, capaz de os traumatizar para o resto da vida. Se na vida não há stress, para quê obrigar os jovens a saber o que isso é? E porventura podemos avaliar alguém só por essa simples vertente? Façamos sim avaliação contínua, durante o ano lectivo. Essa ainda pode valer alguma coisa. E há imensas outras competências que não se podem avaliar num exame e são pelo menos tão decisivas para triunfar na vida como os conhecimentos adquiridos sobre qualquer matéria, seja Português, Inglês, Matemática, História, Filosofia...
E sabemos, ou julgamos saber, que os povos verdadeiramente avançados já há muito acabaram com os exames... a Finlândia, por exemplo, ao que por aí consta. É por isso que os jovens finlandeses andam todos felizes e nunca, mas nunca mesmo, fazem disparates nas escolas.

Contributo enviado por: José Manuel Polido



publicado por GP/PSD às 23:00 | link do post | comentar

Hoje, muitos economistas e decisores políticos estão empenhados em construir um novo tipo de economia, menos preocupada com a igualdade de oportunidades, mas antes em criar condições para que os indivíduos participem na produção de uma economia baseada no conhecimento pelo conhecimento e desempenhem o seu papel individual nesse processo, na procura de uma cada vez maior competitividade, frequentemente sustentada pela afirmação falsa e retrógrada de que os direitos são muitos e se devem reduzir, ou numa versão mais anti-social que considera, tal qual processo de aperfeiçoamento rácico que seres humanos com mérito são poucos e cabem nas quotas propostas para bons e excelentes.

 
Ora não ter percebido até hoje que as medidas economicistas em Educação se pagam a longo prazo e com juros, é de uma grande indigência.
 
É por isso que decisão após decisão, o abandono e o insucesso se mantém mesmo ao nível da escolaridade obrigatória e que Portugal continua a ser o País da Comunidade Europeia com a mais baixa taxa de diplomação e simultaneamente com mais elevada taxa de desemprego no seio dos quadros qualificados com Ensino Superior.
 
Isto significa que o modelo económico de desenvolvimento do em que o país está a apostar não consegue absorver sequer a reduzida qualificação que temos e opta, cada vez mais, pela precariedade e desqualificação das relações laborais.
 
Como é possível neste cenário criar expectativas…
 
As famílias, as crianças e os jovens deveriam acreditar que ir à Escola, frequentar as aulas, aprender a fazer, constituem mais valias indispensáveis ao seu quotidiano, ao seu futuro e que com elas a cidadania está mais assegurada.
 
Deixando como marginal, neste momento, a avaliação ao modelo de desenvolvimento que considero inadequado e inválido para responder às nossas necessidades, abordarei só a Escola que é preciso criar.
 
São cinco as áreas que, na minha opinião, deveriam ser alvo de transformação e que não coincidem, nem se aproximam das medidas em curso: 
  • O processo de ensino-aprendizagem
  • Os conteúdos programáticos
  • A escola – o espaço – o tempo
  • A gestão e administração
  • A formação dos professores 

 

Luísa Mesquita

Deputada à Assembleia da República


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publicado por GP/PSD às 18:02 | link do post | comentar | ver comentários (1)

No início de cada ano lectivo criam-se expectativas, definem-se objectivos, antecipam-se resultados, preparam-se aulas, reencontram-se velhos e fazem-se novos amigos.

Politicamente é também uma altura de análise retrospectiva e prospectiva.
À oposição cabe chamar a atenção para o que não parece ter corrido bem e merecerá, por isso, correcção e acompanhamento cuidado e, mais importante, cabe-lhe apresentar propostas para inovação e melhoria.
Cinco aspectos merecem atenção redobrada em 2008/2009.
1 – A Avaliação dos Professores. Propugne-se por um processo participado e auditado e, sobretudo, gerador de melhorias de desempenho auditáveis e públicas. Melhore-se…
2 – O Ensino Artístico Especializado. Não se limite a actividade dos Conservatórios nem a formação de músicos profissionais e não profissionais – agentes culturais no futuro (por exemplo, os que frequentam o regime supletivo dos Conservatórios). Pare-se ou não se avance…
3 - Transferência de Competências para as Autarquias. Permita-se que a Educação seja um factor diferenciador de um território e da sua gestão, e logo creditem-se mais competências às autarquias e estimule-se a diferenciação na gestão das Escolas. Descentralize-se mais…
4 – RJIES e os novos Estatutos das Instituições de Ensino Superior. As instituições adaptaram-se, alteraram os estatutos respectivos e este ano será o primeiro duma nova era que, em nossa opinião, continua a pecar pela pouca autonomia que o Estado Central consagra ao Ensino Superior. Aguardemos por melhorias…

 

José Manuel Canavarro
Pró-reitor da Universidade de Coimbra

 


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publicado por GP/PSD às 16:38 | link do post | comentar | ver comentários (3)

O matemático Nuno Crato, os ex-ministros da Educação Marçal Grilo e Roberto Carneiro e o fundador da empresa de novas tecnologias YDreams António Câmara vão debater a educação com o PSD no Parlamento na próxima terça-feira.
"Vamos fazer uma audição para a qual convidámos – e que já aceitaram – o professor Marçal Grilo, o professor Roberto Carneiro, o professor Nuno Crato e professor António Câmara”, anunciou o líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, aos jornalistas no Parlamento.
Paulo Rangel adiantou que os quatro convidados vão participar num debate sobre “as questões de exigência no ensino em Portugal” na próxima terça-feira “com os deputados que no PSD acompanham os temas da educação e com a direcção do grupo parlamentar”.

"Vêm cá em missão cívica e não queremos associá-los ao PSD", ressalvou Paulo Rangel.
“Vamos ouvir pessoas com experiência no sistema de ensino. O professor Nuno Crato é a pessoa que mais tem falado desse tema da exigência. É essencial em Portugal promover a exigência, porque é a única forma de inclusão dos alunos”, defendeu o líder parlamentar do PSD. 
“Muita gente julga que a escola inclusiva é a escola facilitista, mas a escola inclusiva é aquela que dá àqueles que não têm em casa um ambiente sociocultural favorável a única hipótese de terem chances de vingar na sociedade”, argumentou, acusando o Governo de estar “a descurar por completo a exigência”.
A audição de Nuno Crato, Marçal Grilo, Roberto Carneiro e António Câmara antecede um debate parlamentar sobre educação agendado pelo PSD para quinta-feira da próxima semana. 
Na terça-feira o partido criou um espaço na Internet, um blogue com o endereço http://debateeducacao.blogs.sapo.pt,  para receber contributos para o debate parlamentar da próxima semana.
“Em menos de 24 horas vai com mais de 900 visitas e com dezenas e dezenas de participações. Vamos fazer este debate em moldes inéditos”, disse Paulo Rangel.
 
Notícia também divulgada no

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publicado por GP/PSD às 15:16 | link do post

Nas primeiras horas do debateEducação, foram vários os blogues que assinalaram o surgimento deste espaço de discussão:

 

Atlântico, 31 da Armada, Câmara de Comuns, Educação do Meu Umbigo, 4linhas, Psicolaranja, Vila Forte, Punch life; PeliteiroLóbiTerras de Azurara, O Insurgente. Virtualidades; Chá Preto e o forum Educare.

 
A todos, o nosso muito obrigado.

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publicado por GP/PSD às 15:13 | link do post | comentar

Como é amplamente sabido, o Governo, através do Ministério da Educação, pretende implementar uma prova de ingresso na carreira docente, inserindo isso no seu discurso mais vasto, demagógico e falso de um reforço da qualidade da educação e, portanto, dos seus profissionais. Mas será que tal prova de ingresso tem justificação? Vejamos:
Em primeiro lugar, com a introdução de uma prova dessas, o Governo lança a desconfiança sobre a qualidade das instituições de ensino superior que ele próprio certifica, em vez de reforçar os mecanismos de aferição de qualidade dessas instituições! Depois, há outras questões que levantam sérios problemas, a propósito da prova. De acordo com o novo Estatuto da Carreira Docente, as pessoas que quiserem apresentar-se a concurso, terão de ser possuidoras de habilitação profissional para a docência, isto é, terão de ter feito a via educacional que inclui um estágio, ou seja, a prática pedagógica supervisionada, no âmbito da qual, foram avaliadas científica e pedagogicamente e aprovadas! Sendo assim, que sentido tem uma prova de ingresso na carreira docente? Nenhum! Aliás, veja-se esta coisa tão estranha e paradoxal: o artº2 do Dec.Regulamentar 3/2008, de 21 de Janeiro estabelece que a prova de avaliação de conhecimentos e competências destina-se a quem, sendo detentor de uma habilitação profissional para a docência pretenda candidatar-se ao exercício de funções docentes (…). Quer dizer, o próprio decreto sobre a prova reconhece que os que a vão fazer têm habilitação profissional para a docência! Então, para que vão fazer a prova? 

Um contributo enviado por: Pedro Miguel Almeida



publicado por GP/PSD às 15:10 | link do post | comentar | ver comentários (1)

O grande debate que tem vindo a ser travado nos últimos anos acerca da educação, é entre aqueles que defendem o modelo ensino público centralista, em que a responsabilidade pela educação cabe em primeiro lugar ao Estado, e aqueles que defendem a liberdade de escolha na educação, porque acreditam que essa responsabilidade cabe em primeiro lugar às famílias .

No modelo de ensino público centralista que ainda hoje vigora nas escolas portuguesas, existe uma distinção rígida entre as escolas públicas e escolas privadas. Neste modelo de educação, todas as escolas públicas são administradas pelo governo, e as pessoas que lá trabalham são funcionários públicos. As escolas são muito semelhantes entre si, e obedecem a regras rígidas determinadas centralmente pelo Ministério da Educação, e os alunos são obrigados a frequentar a escola da sua área de residência. Por outro lado, existem as escolas privadas, que gozam de alguma autonomia face ao Governo. O financiamento é no entanto privado; cada um pode matricular os seus filhos onde quiser desde que possua os recursos financeiros necessários e a escola os aceitar .
 


Contributo enviado por: Bruno Correia (MBC)



publicado por GP/PSD às 13:25 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Os professores andam desmotivados. Perdidos em tanta legislação incompreensiva e inútil. Apanhados numa avaliação complexa, burocrática e ineficaz! Todos os dia chegam às escolas novas normas que só servem para tapar buracos! Ninguém se entende! Ninguém percebe o que o legislador quis dizer! Tudo é imposto, nada é discutido!
O papel do professor deixou de ser ensinar, a função ensinar passou quase a ser vista como depreciativa. Passámos a preencher documentos e mais documentos, que nunca têm fim, a gastar papel em impressores a funcionarem em série, a encher dossier, o portfólio bonitinho. E é este o nosso trabalho!
Os avaliadores não têm, muitas vezes, competências técnicas para o fazerem. Uns demitem-se, outros minimalizam a função!
A Escola não tem hoje um clima de respeito e educação, é um espaço de medo e angústia! Tudo o que fazemos parece que vai ter uma consequência que se vira contra nós! Temos o sentimento que tudo o que façamos não é nunca suficiente, que não tem qualquer resultado, tudo parece arbitrário!
Criou-se o sentimento que o excelente, é uma pérola muito rara e excepcional, não é para os melhores mas já está predestinada, nunca seremos nós professores o seu alvo!
A escola, os prefessores, os alunos, a comunidade estão de rastos!
Um contributo enviado por: Paulo Antunes



publicado por GP/PSD às 12:25 | link do post | comentar | ver comentários (1)

A experiência dos parceiros privados com ou sem fins lucrativos - Empresas, IPSS e Associações de Pais
 
Sendo as Actividades de Enriquecimento Curricular, um fruto da filosofia de escola a tempo inteiro, filosofia essa que procura mitigar as consequências de um sistema social que vai acantonando o tempo, o valor e a possibilidade de viver a família - são elas mesmas mais um fruto de uma ideia que se torna compreensível perante os problemas sofridos pelas famílias, sendo contudo mais um exemplo de uma má aplicação, fruto de impreparação, irreflexão, mercantilismo da educação e contabilidade "tacanha".
O modelo vem exigir tudo a todos os intervenientes no processo, com muito poucas garantias por parte da Tutela:
 
1 - Financiamento - A lógica de contabilização "por cabeça" e não por turma para assim atribuir os financiamentos, tornam quase sempre o resultado pedagógico insuficiente, quando não antagónico ao trabalho desenvolvido pelo professore titular de turma no dia a dia. Isto porque  com os espartilhos financeiros que o próprio projecto contém, os promotores e parceiros são frequentemente postos perante a necessidade de limitar a qualidade da oferta de contratados, conteúdo pedagógico e meios auxiliares de apoio às actividades. Se o objectivo é a escola a tempo inteiro, com regras de controlo de ausências equivalentes ás do período lectivo e numa lógica de serviço universal, não se entende que o financiamento não seja pela universalidade dos alunos da escola, mas somente pela "cabeça" dos que se inscrevem;
 

Contributo enviado por: António Lopes



publicado por GP/PSD às 11:49 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Numa análise sobre a política educativa do governo constata-se que a sua implementação se caracteriza, essencialmente, por medidas, aparentemente reformistas, que têm vindo a descredibilizar e fazer regredir a educação de qualidade, e induzindo em erro os cidadãos menos informados.
Senão vejamos:
- Encontramos o reforço do centralismo fortemente dirigista e encapotado por medidas inexequíveis de descentralização, tomamos como exemplo, a gestão das escolas cujo reforço do autoritarismo burocrático da tutela é visível na legislação publicada, (apesar do Director ser eleito, as suas competências serão sempre comandadas a partir do Ministério da Educação pondo em causa a verdadeira autonomia das escolas) e na tentativa da passagem de competências do Ministério para as autarquias locais, sem estudos sustentados do seu desenvolvimento a nível económico e dos meios adequados de recursos humanos que respondam a um crescimento educativo sustentado.
 

Lisboa, 3 de Outubro de 2008
Carlos Alberto Chagas


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Quarta-feira, 1 de Outubro de 2008

PSD cria blogue para debater Ensino
 

PSD cria blog para debater «exigência do ensino»

PSD cria blogue para debater Ensino


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publicado por GP/PSD às 19:26 | link do post | comentar

É uma exigência do futuro de qualidade que desejamos para Portugal que o sistema nacional de educação e formação seja já hoje construído sobre critérios de exigência, rigor e excelência. As decisões sobre as mudanças a operar no sistema educativo devem ser tomadas tendo em consideração o envolvimento dos profissionais da educação, os primeiros executores das medidas que forem julgadas necessárias para que os resultados escolares em Portugal melhorem. Se não o fizermos, estaremos a pôr em causa a qualidade a que a sociedade portuguesa tem direito.

            Entre os aspectos relevantes que condicionam a qualidade da educação em Portugal, sublinham-se as deficientes condições de trabalho que se verificam em muitas escolas, quer para alunos, quer para professores, quer para os trabalhadores não docentes, para além de identificar um conjunto de medidas inadiáveis que se tornam incontornáveis no tempo actual. A este nível, identificam-se:
1. A dimensão das turmas, que deve ser estabelecida de acordo com as necessidades de desenvolvimento de processos de aprendizagem consistentes. A preocupação pelo sucesso junto de todos os alunos e, em particular, daqueles que estão em dificuldade escolar, não é possível com as dimensões de turmas que temos tido no nosso país. Assinala-se que, a agravar esta situação, no presente ano lectivo, e na sequência do determinado pelo novo diploma regulador da Educação Especial, se regista um acréscimo do número de alunos por turma ao alterar os critérios de sinalização dos alunos para apoio em sede de necessidades educativas especiais.
2. Os espaços onde ocorrem as aulas, que devem ser específicos para tal, não sendo aceitável que se recorra a bibliotecas e até cantinas para aí fazer com que estas actividades se realizem, por efeito da sobrelotação de muitas escolas das grandes áreas metropolitanas. Impõe-se ainda que se garanta que as escolas disponham de espaços para o desdobramento de turmas nas situações de aulas práticas e que, no caso de disciplinas com componente experimental ou oficinal, esses espaços sejam específicos para a respectiva leccionação. Considera-se ainda que é essencial garantir que os espaços onde decorrem as actividades que consubstanciam a lógica da escola a tempo inteiro sejam diversos daqueles em que decorre a actividade lectiva.

 

João Dias da Silva

               Secretário-Geral da FNE


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publicado por GP/PSD às 16:05 | link do post | comentar | ver comentários (7)

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