Quarta-feira, 29 de Outubro de 2008

 

 

 

Investigadores defendem que análise dos dados seja feita tendo em conta vários parâmetros

 

As escola e os professores "olham para os rankings de uma forma séria e profissional e sabem, como é evidente, delimitar os campos de comparação". Esta é a opinião do ex-secretário de Estado da Educação (do último Governo do PSD) José Canavarro.

O ex-governante explicou ao JN que "ninguém faz comparações sem sentido". Os professores, como disse, comparam a sua própria escola em 2007 com 2008. Comparam a sua escola com escolas "próximas". "E municiam-se com diferentes fontes, com os rankings e opiniões publicados nos jornais A e B, por exemplo", referiu.

José Canavarro defende que a divulgação dos resultados obtidos pelos alunos portugueses nos exames do 12.º ano "constitui uma boa medida informativa para a sociedade em geral, e uma ferramenta útil para os professores e para os técnicos de educação". Contudo, aquele investigador em educação considera ser fundamental que sejam gerados mais dados e resultados auditáveis e publicitáveis e que mais indicadores sobre o sistema educacional sejam produzidos. "E que a produção seja séria e independente", sublinhou.

O ex-governante defende que a referida produção deve centrar-se em quatro aspectos fundamentais: qualidade da aprendizagem dos alunos, qualidade do exercício profissional dos professores e do pessoal não docente, satisfação dos pais com a escola e com a educação que é prestada aos seus fihos e o seu próprio envolvimento com a escola e com a educação, e o envolvimento de actores não tradicionais no processo educacional.

 

Por seu turno, Paulo Guinote, professor e autor do blogue "A Educação do Meu Umbigo", considerou que a publicitação dos rankings "é um contributo positivo para o conhecimento do desempenho do sistema educativo e dos estabelecimentos de ensino", desde que a sua elaboração "obedeça a algo mais do que a produção de simples médias aritméticas dos resultados obtidos pelos alunos em exames".

Paulo Guinote salientou o "tratamento mínimo" que é feito dos dados em bruto, "por ser um método mais rápido e fácil" de os divulgar. Recordou que, anos atrás, quando o próprio ME fez uma análise menos linear dos resultados, as variáveis introduzidas "foram escassas e nem sempre capazes de transmitir as diversas matizes que resultados idênticos têm quando obtidos em contextos diferentes ou a explicação para a diversidade de resultados em escolas com condições aparentemente semelhantes". Defende que sejam tidos em conta nas análises o envolvimento parental e o custo anual por aluno nas diferentes instituições de ensino.

 

 



publicado por GP/PSD às 16:16 | link do post | comentar

Temas

100% aprovações

apresentações

avaliação das escolas

avaliação: notas dos alunos

clipping

contributos

custos com retenções

debate

declaração

estatuto do aluno

facilidade dos exames

facilitismo

fim do exame de filosofia

opinião

perguntas

provas globais

rankings

resultados sem comparabilidade

todas as tags

Posts recentes

Pedro Duarte interpela a ...

Escolas estão a aplicar d...

PSD pede apreciação parla...

Ministra no Parlamento se...

Ministra da Educação diz ...

Ministério afirma que sem...

Ministério não considerou...

PSD confrontada Ministra ...

arquivos

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

links