O PSD afirmou hoje que a ministra da Educação é "a principal parte do problema" do sector e apelou a Maria de Lurdes Rodrigues para assumir as suas responsabilidades pelos "momentos difíceis e conturbados" que vive a escola pública.
Numa audição parlamentar sobre o Orçamento de Estado de 2009, o deputado do PSD Emídio Guerreiro acusou a ministra de "desviar-se das suas responsabilidades nesta matéria", lamentando "a forma autoritária" como a governante "vai dizendo que não se passa nada nas escolas".
"A senhora ministra já deixou de fazer parte da solução. É a principal parte do problema", afirmou o deputado.
Emídio Guerreiro acusou ainda Maria de Lurdes Rodrigues de dizer algumas "inverdades" em relação ao processo de avaliação de desempenho dos professores.
O deputado afirma terem chegado ao grupo parlamentar do seu partido moções de professores a pedir a suspensão ou a suspender mesmo o processo de avaliação, pelo que, ironizou, "provavelmente alguém esconde informação" no gabinete da ministra.
"Podiam ter adoptado modelos de avaliação que funcionam e já foram testados em outros países. A distinção entre estes e o do seu Ministério é a burocracia e a complexidade", acusou.
Durante a sua intervenção no parlamento Emídio Guerreiro lembrou as declarações do deputado socialista Manuel Alegre, que acusou o Ministério da Educação de "governar para as estatísticas", defendendo que "não se pode reformar a Educação tapando os ouvidos aos protestos e às críticas".
"Aquilo que disse ontem é o que vai na alma de muitos agentes educativos", afirmou.
O deputado social-democrata lamentou ainda "profundamente" os acontecimentos registados terça-feira em Fafe, quando a viatura da ministra da Educação foi atingida por ovos atirados por alunos de uma escola secundária.
"Não é dessa forma que se contribui para resolver os problemas de que a Educação padece", frisou
MLS/CC.
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