A ministra da Educação revelou que a tutela não considerou necessário controlar "permanentemente" os conteúdos do Magalhães
Maria de Lurdes Rodrigues justificou esta postura com a confiança depositada nos produtores do computador e de conteúdos e porque estes já tinham sido "validados" pelo Ministério.
Na Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, Maria de Lurdes Rodrigues sublinhou que os conteúdos do computador Magalhães não foram verificados apenas a 10 de Março, quando o semanário Expresso denunciou a existência de erros, mas sim antes do lançamento do programa e-escolinha.
"Não foi feita uma verificação apenas a 10 de Março. O Ministério fez a verificação dos conteúdos durante os meses de Agosto e Setembro. O que se passou é que entre este momento e o momento actual, na relação entre os produtores de conteúdos e o produtor do computador, confiámos nas instituições e não achámos necessário estar permanentemente a fazer o controlo", afirmou a ministra, na sequência de um pedido de explicações do deputado do PSD Pedro Duarte.
Segundo Maria de Lurdes Rodrigues, veio a verificar-se que estavam a ser colocadas versões de conteúdos que "não tinham sido verificadas" pelo Ministério da Educação e noutros casos mais conteúdos do que aqueles que "tinham sido validados" pela tutela.
"Agora foram dadas indicações aos produtores de conteúdos para que fizessem as correcções necessárias aos programas com erros. O processo de substituição e reformatação é relativamente simples e o Ministério está com a empresa produtora do computador e com as escolas a tratar desse assunto", garantiu a ministra.
No Parlamento, o deputado social-democrata Emídio Guerreiro questionou o Governo sobre se estão a ser apuradas responsabilidades pelos erros detectados.
"O apuramento de responsabilidades não se faz em dois ou três dias. A primeira prioridade foi corrigir os erros e criar um quadro de normalidade", afirmou a titular da pasta da Educação.
Segundo o Governo, vai ser lançado no mês de Abril um portal para que pais, professores e alunos possam renovar conteúdos ou "devidamente validados e certificados" e adequados ao ano de escolaridade e às disciplinas.
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